Não há peixe que grite enquanto morre
Trêmulo frente à sedução da isca
Esse engodo a que em vão ele se arrisca
Contra o caudaloso fluxo que corre
Vacilante e veloz como se um porre
Fizesse de suas escamas faísca
É o porvir torpe que já se rabisca
Na vida insensata que já se escorre
E ao vislumbrar o semblante do algoz
Debate-se inconsciente e sem ar
Na instável jangada carcomida
Asfixiado, sem poder respirar
O peixe mudo encerra sua vida
Sem que se possa calar sua voz
Trêmulo frente à sedução da isca
Esse engodo a que em vão ele se arrisca
Contra o caudaloso fluxo que corre
Vacilante e veloz como se um porre
Fizesse de suas escamas faísca
É o porvir torpe que já se rabisca
Na vida insensata que já se escorre
E ao vislumbrar o semblante do algoz
Debate-se inconsciente e sem ar
Na instável jangada carcomida
Asfixiado, sem poder respirar
O peixe mudo encerra sua vida
Sem que se possa calar sua voz
2 comentários:
O peixe mudo encerra sua vida
Sem que se possa calar sua voz
Minha parte preferida.
Por essas e outras que sou vegetariana.
N gosto de asfixiar ninguém (sim, peixes são alguém pra mim).
;)
bjus careca
E é por essas e outras eu não como peixe. Como já disse a fotógrafa Anna, em CLOSER: 'peixes mijam no mar'. E como mijam!
Mas então: belo blogger! Aqui nesse último post temos algo tocante; no anterior, algo lúdico e agradável à imaginação.
Taí!
Welcomeback!
leia sempre lá que eu lerei sempre aqui, hehehe
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