domingo, 25 de maio de 2008

Vendedores de Farmácia


Vendedores, de forma geral, são irritantes. Mas poucas coisas me irritam mais do que vendedores de farmácia. Não, não são os farmacêuticos que ficam atrás do balcão. São os vendedores mesmo, que circulam entre os esmaltes e tintas pra cabelo. Em primeiro lugar, eles são totalmente desnecessários, isto é, na quantidade em que existem. Tenho fé que um dia os donos de farmácia vão entender que poderiam muito bem trabalhar com metade ou um terço do contingente de vendedores.

Mas, como se não bastasse apenas a existência desses seres (que, como já disse, é mais do que suficiente pra irritar qualquer consumidor), eles sempre vêm pra te oferecer uma pseudo-ajuda, com as cestinhas, as malditas cestinhas. Não sei se é assim em todo lugar, mas aqui no Rio isso é bastante corriqueiro. Você entra na farmácia e já vem alguém te dando uma cestinha, sem ao menos você pedir. Dentro dessa cestinha, onde você supostamente colocará as suas compras (desodorante, shampoo, etc...), tem uma ficha com um número. Esse número é o código do vendedor e quando você passa suas mercadorias pelo caixa, fica registrado que o vendedor Alfabetagama te vendeu aqueles produtos e que vai ganhar uma comissão em cima das suas compras. Acho que eu, como consumidor, deveria somente ganhar a cestinha com o número quando o vendedor efetivamente me ajudasse a encontrar um produto que eu não acho, ou me ajudasse de alguma forma, sugerindo um produto, mostrando um lançamento, etc... Mas não, basta que a pessoa me dê uma maldita cesta sem nem olhar pra minha cara e pronto, já vai ganhar dinheiro às minhas custas. Mas sabem o que eu faço, muitas vezes? Recuso. Recuso solenemente a cesta. E muitas dessas vezes (olha o tamanho do abuso!), o vendedor pede apenas “então leva esse número lá no caixa”, retirando a cesta e me dando apenas a ficha com o número. E eu, digo, “Não, não. Não precisa.”, enquanto esboço um sorriso amarelo e uma cara meio sem paciência e me dirijo ao caixa sem qualquer ficha.

Certa vez, em uma farmácia, foram me oferecidos três números, de três vendedores diferentes. Fui recusando todos, um por um. “Mas é só apresentar o número no caixa”, disse a vendedora, levantando levemente a voz. E eu, sorridente, “Não, não, não precisa”, enquanto pensava que eu não iria de forma alguma dar dinheiro a um vendedor que não me atendeu, até porque eu não precisava de nenhuma ajuda.

É tão difícil assim entender que nem todo mundo precisa de ajuda quando vai comprar alguma coisa numa farmácia? Eles todos devem me detestar. Mas lamento, lamento muito. Só faço o que acho que devo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Encontros


Eu sempre achei o encontro uma das coisas mais bonitas na vida. E é engraçado, porque eu estava justamente conversando com um amigo meu sobre isso anteontem e ele tem uma opinião muito parecida com a minha. Acho que os encontros têm qualquer coisa de mágico. Penso sempre que é uma coincidência muito grande estar exatamente na mesma hora e no mesmo lugar que outra pessoa. Penso também nos diversos encontros frustrados. Imagina só: se você encontra alguém na rua, quantos desencontros você viveu e nem sabe? Quantas pessoas passaram exatamente ali, mas dois minutos antes, quantas pessoas passaram exatamente naquele instante mas um quarteirão depois? Mas, bem, os encontros como digo, têm qualquer coisa de mágico. Às vezes (e isso já aconteceu mais de uma vez comigo e não foi com a mesma pessoa), você pensa em alguém durante o dia inteiro e, no fim do dia, encontra com ela por acaso e sabem, isso é tão bonito. Acho que a vida é feita de encontros. Eu tenho uma grande amizade que nasceu de um encontro. Ela esperava na porta da festa uns amigos chegarem, eu esperava uns amigos meus. Puxei assunto, conversamos, trocamos telefone, ficamos amigos. Hoje ela é uma grande amiga minha e posso afirmar com certeza que esse encontro mudou a minha vida. Outro exemplo: anteontem, estava com um grupo de amigos na Lapa e vi uma garota sozinha na noite, com sua latinha de cerveja, remoendo seus pensamentos. Fiquei preocupado, instiguei meus amigos a perguntarem se ela estava bem, se queria vir conosco, mas ela preferiu ficar sozinha. Não a conhecia, mas fiquei como que preocupado, pensei nela durante a noite. E encontrei-a no dia seguinte, andando pela rua no sentido oposto ao meu. Não falei com ela, decerto não me reconheceria. Mas fiquei com uma espécie de felicidade esquisita por vê-la, por reconhecê-la, por saber que ela estava (ao menos aparentemente) bem. Esse meu amigo com quem conversei anteontem disse que Clarice Lispector escreveu algo como “o encontro às vezes é tão mágico que ultrapassa o objeto encontrado” e, embora, eu particularmente não goste dela, tenho que admitir que o que ela disse é de uma genialidade ímpar e sintetiza o que eu quis dizer aqui.

Aproveito para pedir desculpas aos leitores porque não tenho postado na freqüência que gostaria. As coisas aqui pelo trabalho têm me ocupado bastante. Às vezes, posto final de semana, mas prefiro postar daqui do trabalho. E só hoje que as coisas deram uma arrefecida por aqui que consegui escrever (espero) alguma coisa à altura dos que me lêem.

Beijos e abraços.

Observação pós-escrito e pré-postagem muitíssimo válida: tenho o hábito de escrever o post e, então, pesquisar alguma coisa no google pra ilustrar o que eu digo, antes de efetivamente postar. Na busca por imagens, sempre digito o nome do post, ou uma palavra-chave que acredito que vá me dar um resultado útil. Tasquei lá na busca por imagens: “encontro”. A primeira imagem que apareceu foi uma cujo título é “Encontro dos Túneis”. Não, eu não a postarei aqui. Deixarei àqueles cuja curiosidade não caiba dentro de si a missão de procurar a tal imagem.

sábado, 10 de maio de 2008

Postcrossing

A internet é mesmo sempre um espaço de novidades. Óbvio que por algumas vezes ficamos entediados, mas é só fuçar que você acaba achando alguma coisa nova e interessante. E o mais legal da rede é quando você encontra uma novidade que não fica só no virtual, quando acontece uma interação com o mundo real. Pois é, foi numa dessas que eu sem querer, acabei fazendo uma das minhas melhores descobertas dos últimos tempos: o Postcrossing. O postcrossing é um sistema muito interessante de troca de cartões-postais, mas cartões-postais de verdade, em papel, que viajam pelo correio! XD

É assim: você solicita ao sistema um endereço para mandar um cartão-postal. Daí, vem lá um endereço de uma pessoa aleatória e você envia o postal. Essa pessoa não sabe de onde receberá o postal. Quando ela receber o postal, ela acusa o recebimento no site e o sistema então libera o seu endereço para a próxima pessoa que pessoa que solicitar. Daí, você vai também receber um cartão-postal de uma pessoa aleatória, de qualquer lugar do mundo (às vezes de lugares que você nem imagina...)! XDD Eu sei que tentando explicar por aqui pode parecer complicado, mas é bem simples, acreditem. E é realmente divertido! =D Já enviei e recebi sete postais até agora. Escaneei alguns e vou colocá-los aqui.

o/

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domingo, 4 de maio de 2008

Teatro: Yes, I do.

Pra quem não sabe, agora faço teatro. Faço um curso livre, todos os sábados pela manhã, na CAL, Casa de Artes de Laranjeiras. Pra quem não sabe, a CAL é uma das melhores (senão a melhor) casa de teatro do Rio. XD Bom, aquilo lá, mais do que qualquer coisa, é uma senhora terapia pra mim. Saio sempre leve depois dos ensaios, gosto, me envolvo, levo a sério. Sinto que tenho potencial. Estou lá há um mês. Deixei o teatro entrar na minha vida e estou gostando, de verdade. Em breve, na próxima novela das oito. =PP